terça-feira, 20 de maio de 2008

DIA D DE CORPUS CHRISTI

A festa de Corpus Christi

A festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo) tem sua origem na prática de muitos séculos em que os católicos não tinham acesso fácil à comunhão: receber a Eucaristia – a hóstia consagrada, o Corpo de Cristo. Então os fiéis visitavam as igrejas para adorar Jesus, presente na hóstia que ficava dia e noite guardada no sacrário – hoje, um nicho fechado e assinalado pela luz de uma pequena lâmpada. Essa prática de adoração ao Cristo Eucarístico continuou mesmo depois que comungar tornou-se um hábito do dia-a-dia dos cristãos (após o Concílio Vaticano II), como ritual de oração e uma forma de o homem estar em sintonia plena com Deus.

A Eucaristia é o centro da fé cristã, pois trata-se do Cristo presente e não somente um símbolo, mas sacrifício real que acontece em cada missa, através da efusão do Espírito Santo. A Eucaristia é ação de graças e, como tal, alimento salutar.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula "Transiturus", de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

A festa de Corpus Christi, realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, é uma festa de "preceito", isto é, para os católicos é obrigatório participar da missa nesse dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo. No Brasil, são cinco as missas de preceito: o Dia da Paz e de Maria Mãe de Deus (1º de janeiro), a Páscoa, Corpus Christi, Imaculada Conceição e o Natal.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código Canônico (art. 944), que determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo"; e que nessa data, a não ser por causa grave e urgente, o bispo não se ausente da diocese (art. 395).

Se o rei vai passar pelas ruas é preciso preparar um belo tapete, e a criatividade alicerçada pela fé faz com que belas obras de arte sejam confeccionadas para a passagem do Cristo eucarístico. O Estado do Espírito Santo se destaca em algumas cidades que preparam de modo magnífico tudo isso. E a cidade de Itaguarú, na Diocese de Goiás, é paradigma em tapetes bem feitos e ornamentados, no Brasil. Citar tantas outras cidades e paróquias que tanto se esforçam para preparar belos tapetes para esse ato de fé, tão público, é correr o risco de omitir alguma, em espaço tão
reduzido.

Entender a beleza da festa, toda a preparação para que ela seja bela, não basta. O melhor tapete está em outro castelo, não o da bela cidade, mas o do nosso interior. É necessário que façamos um tapete em nosso coração, ornamentado de acolhida, de amor, de caridade; com as flores da alegria pela vida, recheado de muita esperança, diante de um mundo que tenta omitir Jesus, mas Ele, através da Eucaristia, vai até as ruas – e quando ele passar, mesmo que distante, pense o quão importante é tê-lo perto de nós, ao nosso lado, em plena ação de graças, pois, no dizer de São Paulo, "se ele é por nós, quem será contra nós"?


A solenidade litúrgica da festa de Corpus Christi, expressão latina que significa – Corpo de Deus – Corpo de Cristo teve sua origem no século 13.
Dois acontecimentos extraordinários deram origem à instituição dessa festa hoje conhecida como solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo: o milagre eucarístico de Bolsena, na Itália, ocorrido em 1263, quando um sacerdote teve dúvidas de que a consagração fosse real, mas ao partir a hóstia, durante a celebração, viu sair sangue da hóstia repartida; o outro acontecimento foram as visões de santa Juliana de Mont Cormillon, monja agostiniana nascida em Liège, na Bélgica.
Tinha santa Juliana uma grande paixão pelo Santíssimo Sacramento e esperava que, de logo, houvesse uma solenidade dedicada ao Sacramento da Eucaristia. Em suas visões, contemplava santa Juliana a Igreja sob a aparência de lua cheia, com uma visível mancha escura. Tal mancha foi interpretada como sendo a ausência de uma solenidade dedicada à presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Pelos idos de 1230, começou a festa a ser celebrada na Paróquia de Saint Martin, em Liège, com a procissão eucarística somente dentro da Igreja.
Em 1247, realizou-se a primeira procissão em Liège, tornando-se, logo após, festa nacional na Bélgica. Por volta de 1264, seis anos após o falecimento de santa Juliana, o papa Urbano V houve por bem estender a festa de Corpus Christi a toda a Igreja.
Meio século mais tarde, por iniciativa do papa Clemente V, assumiu esta festa em caráter universal definitivo.
A procissão é um dos aspectos marcantes da festa e seu objetivo é manifestar, publicamente, a fé na presença real de Cristo no sacramento eucarístico.
Em uma de suas memoráveis homilias por ocasião dessa grande festa, o papa João Paulo II dizia: “Acompanhemos o sacramento eucarístico ao longo das ruas da cidade, ao lado dos edifícios, onde o povo vive, se alegra, sofre, no meio dos negócios e escritórios, nos quais se desenvolve a atividade cotidiana. Levá-lo-emos em contacto com a nossa vida, envolvida em muitos perigos, oprimida por preocupações e sofrimentos”. Corpus Christi é uma festa móvel, na liturgia católica, ou seja sem data fixa no calendário eclesial. É celebrada na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade que ocorre no domingo, depois de Pentecostes.

O DIA D DE CORPUS CHRISTI

O dia máximo é a quinta-feira, quando moradores e visitantes podem apreciar os quadros e passadeiras confeccionados com materiais recicláveis, folhagens, flores e areia colorida durante todo o dia. Mas tem sido cada vez maior o interesse do público em acompanhar o trabalho de montagem das peças.

A ornamentação começa sempre às 17 horas de quarta-feira para riscar os desenhos e os retângulos Nas primeiras horas da manhã começa então o trabalho de enfeitar as ruas. “É sempre uma festa, um momento de união da comunidade”, frisam Padre Leopoldo,e Bruno e Aline uns dos coordenadores da parte religiosa do evento.

Padre Leopoldo destaca que a proposta é valorizar a religiosidade e promover a inclusão social. São centenas de pessoas envolvidas diretamente na preparação dos materiais, decoração das ruas, fachada da igreja e
cerimônias.


Nenhum comentário: